VOCÊ CONHECE OS TRÊS TIPOS DE TECIDO ADIPOSO?
Você sabia que temos três tipos de tecido adiposo no nosso corpo? Pois é, existe o tecido adiposo unilocular ou branco,multilocu-lar ou marrom e bege. Antes de explicar os termos citados anteriormente, vale a pena relembrar que o tecido adiposo é composto de células (unidades funcionais e estruturais dos organismos vivos). Toda célula é composta por núcleo e citoplasma, no tecido adiposo unilocular ou branco a célula apresenta apenas uma gotícula de gordura fazendo com que o núcleo fique na periferia (no lado da célula). Enquanto, o tecido adiposo multilocular ou marrom a célula é composta por várias gotículas de gorduras e o núcleo pode ficar um pouco fora do centro (excêntrico). O tecido adiposo bege foi descoberto recentemente e ainda está sendo estudado. Então vamos focar no tecido adiposo marrom e branco. A figura 1 mostra a localização dos diferentes tipos de tecido adiposo em humanos.
O tecido adiposo marrom apresenta grande extensão em animais que hibernam, pois a energia é convertida em forma de calor graças à grande quantidade de mitocôndrias. Mas o que é mitocôndria? Uma organela, ou seja, uma parte da célula que gera adenosina trifosfato ou ATP, importante na geração de energia para nosso corpo. No caso dos humanos, temos grande quantidade deste tecido adiposo quando nascemos.
A figura 2 mostra a origem dos adipócitos a partir de células estaminais mesenquimais, as quais se diferenciam em pré-adipócitos dando origem aos tecidos marrom, branco e bege.
O tecido adiposo marrom aumenta a termogênese, ou seja, dissipa energia em forma de calor. No entanto, o tecido adiposo branco prevalece sobre o tecido adiposo marrom. Assim a gordura que acumulamos em nosso corpo fica armazenada no tecido adiposo branco.
Literatura recomendada e referência
GAGGINI, Melania; SAPONARO, Chiara; GASTALDELLI, Amalia. Not all fats are created equal: adipose vs. ectopic fat, implication in cardiometabolic diseases. Hormone molecular biology and clinical investigation v. 22, n. 1, p. 7–18 , abr. 2015. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25816312>.
As figuras foram extraídas do texto acima.
